As Confrarias Gastronómicas Portuguesas
Paulo Sá Machado
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Desde
séculos atrás que o homem teve necessidade de se agrupar de modo a
desenvolver movimentos com finalidades filantrópicas, religiosas ou
caritativas.
Começou com os pedreiros das grandes catedrais francesas - os
maçons - que tinham as suas regras secretas de construção e,
simultaneamente, |
Bacchus
Deus do Vinho
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procuravam
praticar a filantropia entre todos os seus membros; depois foram as
Ordens Religiosas a partir do século XVII que, sob a égide de um
patrono, actuavam no sentido de darem o seu contributo na
valorização patrimonial das Igrejas e no esplendor dos respectivos
festejos, marcando presença sempre que um Irmão morria; por fim,
os movimentos caritativos destinados a ajudarem os mais carenciados
nas suas várias facetas.
E foi assim, percorrendo a ampla estrada do tempo que esses
movimentos de índole fraterna sobreviveram e chegaram mesmo a criar
fundos de riqueza, ao mesmo tempo que lançavam profundas raízes de
amizade entre os seus membros, que perduravam pelo tempo fora.
A mensagem desta faceta de fraternidade que sobreviveu praticamente
até aos nossos dias, veio a projectar-se no futuro através de um
outro campo de acção - a defesa e divulgação da genuinidade dos
produtos regionais - criando Confrarias ligadas à Gastronomia e ao Vinho,
com o fim de erguerem bem alto o estandarte do regionalismo, em
detrimento de tudo o que procurava abastardar as virtudes ascentrais
de cada região.
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O
Vinho é o bem estar da alma...
Antigo
Testamento |
Tendo
nascido em França, esse movimento (Confrarias) de força
renovadora bem depressa se espalhou por toda a Europa,
despoletando em Portugal há uma década atrás, a princípio de
forma tímida, apenas por ignorância da sua essência, para de
imediato se espalhar por todo o País - continente e ilhas - numa
multiplicação salutar que tinha por divisa a salvaguarda do
riquíssimo património gastronómico e báquico.
Depois, como cada Confraria se apresenta trajada com cunho
regional, onde quer que se juntem criam um painel rico de cor que
nunca passa despercebida, impondo-se cada vez mais como uma força
catapultadora de virtudes ascentrais.
Joaquim
Costa Gomes
Borunário Mor da Confraria da Broa de Avintes
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fonte:
"As
Confrarias Gastronómicas Portugal
confrarias@gastronomias.com
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