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Caminha-se em direcção à Amadora, para conhecer um lugar
especial de ambiente informal.
Adquirida em 1988, pelos actuais proprietários, Fátima
Costa e José Gonçalves Costa, foi sofrendo ao longo dos
anos alterações, com empenho e dedicação. Um ambiente
acolhedor e familiar, com uma cozinha tradicional
portuguesa além de uma garrafeira de grande qualidade e
variedade.
A caça condensa as principais rotas do menu, criado pela
família Gonçalves. No entanto, outros valores tão ou mais
altos se levantam para justificar uma viagem até à
Amadora...os vinhos!
A garrafeira com boas referências de todas as regiões
portuguesas, do Minho ao Alentejo (ficou a promessa de
vinhos algarvios), é um paraíso para os mais exigentes.
A carta de vinhos é extensa, desde as novidades aos
clássicos.
Os copos são adequados ao tipo de vinho solicitado. O
aconselhamento de vinhos para os pratos e o serviço é
sabedor e atento, tudo na perfeição, pela mão e simpatia
da Joana (filha do proprietário). Temperaturas correctas
nos vinhos.
Recebidos com simpatia fomos encaminhados para a mesa já
reservada.
O cenário prometia, faltava saber se era fogo-de-vista ou
se o conteúdo iria estar à altura da fama que o
restaurante ganhou.
Depois dos “entreténs”, avançámos para uns filetes de
garoupa com arrozinho de tomate malandrinho, este no
ponto. Quanto aos filetes, algum erro técnico no polme,
impediram de lhes dar o brilho desejado. Para companhia,
um branco de cor amarela pálido, muito delicado, elegante,
mineral e floral, apresentando um final firme, muito
fresco, longo e complexo.
Seguimos para um “borreguinho no churrasco” grelhado no
ponto, acolitado de grelos e batatas. Aspecto cuidado na
confecção. Excelente na qualidade e quantidade.
Acompanhámos com um tinto de muita boa qualidade, escolha
da Joana, cor rubi com grande intensidade, aroma intenso,
notas de especiarias, e ainda um toque discreto a
chocolate. Final de boca longo e elegante. Boa aposta,
Joana!
O serviço é atencioso, destaque para a Joana, sem ser
excessivamente “formal”.
Um restaurante que merece estar no mapa dos principais
locais vínicos do nosso país.
Vamos voltar e recomendamos vivamente...
José Manuel Alves
13 de Janeiro de 2017
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