Roteiro Gastronómico de Portugal

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Rir é o melhor remédio...

"Fotógrafo"

Num determinado país, necessitado de mão de obra, foi criada uma lei que obrigava os casais a terem um determinado número de filhos, concedendo-lhes um determinado prazo para que tivessem o primeiro filho. Caso assim não acontecesse, o governo destacaria um "agente germinador" para auxiliar o casal em falta.

Um dos casais nessa condição dialogava em vésperas do dia "D":

- Querido, completamos hoje 5 anos de casados...
- É, acabou-se o prazo e ainda não conseguimos ter um único filho!
- Será que o governo vai mandar o "tal agente? - perguntou a mulher.
- Hum... não sei...
- E se ele vier? - insistiu ela.
- Bem, aí nada a fazer, senão colaborar... Bem, tenho de ir andando. Já é
tarde e estou atrasado     para o trabalho. Até logo - escapou-se o marido que
não estava a gostar nada do rumo da     conversa.

Momentos depois alguém bate a porta. A mulher vai abrir e...vê um homem à
sua frente. Era um fotógrafo que se enganara no endereço de um cliente e
que, dirigindo-se à senhora, disse:

- Bom dia minha senhora, eu sou...
- Pode entrar, meu senhor. Já sei do que se trata - respondeu ela.
- O seu marido está?
- Não. Ele foi trabalhar.
- Presumo que ele esteja a par da...
- Está sim, e concorda plenamente - interrompeu-o ela.
- Ah sim? Então vamos lá começar!
- Mas...assim, tão rápido? - perguntou espantada.
- Sim. É que tenho de visitar ainda mais dua casas hoje.
- Puxa! Não é muito? E o senhor aguenta tudo isso num dia só?
- Claro que sim. Gosto do que faço e isso dá-me imenso prazer - respondeu ele sem falsa modéstia.
- Humm...E como é que faremos? - perguntou ela já decidida.
- Permite-me que sugira?
- Claro que sim. Se é você quem sabe fazer as coisas!... - respondeu expectante.
- Bem, então eu sugeria: uma no tapete, outra no sofá, uma alí na escada,
duas no quarto, e a     última na casa de banho - disse ele prontamente e sem pestanejar.
- Nossa Senhora de Fátima!...Não é muito? - perguntou ela abismada.
- Nem o melhor artista da minha profissão se satisfaria à primeira - replicou ele.
- O senhor já antes visitou alguma casa deste bairro? - perguntou ela verdadeiramente espantada.
- Não. Mas tenho aqui comigo amostras de trabalhos anteriores a este que vamos fazer. Veja! - e mostra-lhe umas quantas fotos de uns lindos bebés.
- Foi o senhor que os fez?
- Sim. Este trabalho aqui...foi feito à porta do supermercado - esclareceu suavemente o homem.
- Nossa Senhora! Cruz Credo! Não lhe parece muito público? - perguntou escandalizada.
- A mãe era artista de cinema e queria publicidade. Sabe como é... - respondeu ele fleumaticamente.
- Eu não teria coragem... que vergonha!
- Aaah! Vocês mulheres têm muito jeito para exageros... - ironizou ele.
- Olhe que nem todas, nem todas!... - defendeu-se ela prontamente.
- Este aqui, foi em cima de um autocarro. Loucura de trabalho, quanta ginástica! A mãe era alpinista e queria posições arrojadas...
- Que horror - gritou, agora verdadeiramente escandalizada.
- Foi dos serviços mais duros que já fiz, pode crer! - acrescentou o homem.
- Bem posso imaginar!..
- Veja este aqui. Foi num parque de diversões. Em pleno inverno! disse ele cheio de orgulho.
- Ai que arrepios!...Como é que puderam? Santos Deus!
- Não foi fácil na verdade. Como se não bastasse a neve a cair, a multidão cercava-nos completamente. Não fosse a ajuda da polícia, a afastar os curiosos, eu não teria conseguido fazer o servicinho.
- Bem, minha Senhora. Chega de conversa, vamos lá ao trabalho! Pode por gentileza ajudar-me a preparar o aparelho? - Disse o homem esfregando as mãos com optimismo.
- Como?.. - perguntou ela apanhada de surpresa.
- Sim. É que, nesta profissão, quanto maior, melhor. Vá, segure-o para lhe ver o tamanho. Quando o tiver esticado verá que mede exactamente um metro.
A coitada da mulher perdeu as forças e DESMAIOU. Não pôde perceber que se
tratava apenas do tripé do fotógrafo.

Anónimo

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