Cardápio de Verão

cocktails
  • Colaboração: Cícero Nunes Melo
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"Comer é uma necessidade do estômago. Beber é uma necessidade da alma"...(Vitor Hugo)


Cunhaú


Ingredientes:

50 ml de cachaça 
25 ml de sumo de limão 
25 ml de curaçau blue 
10 gr de hortelã fresca 
10 gr de açúcar

Confecção:

Bater a hortelã com a cachaça no liquidificador, em seguida juntar com o sumo de limão, açúcar e bater na coqueteleira. 
Servir em taça para coquetel tropical e decorar com laranja, meia lua de abacaxi, cereja e um ramo de hortelã. 
Depois de pronto, regar com curaçau blue sobre o gelo.

*Cunhaú...um coquetel de cores, beleza e sabor Ubiratan Junior - cabugi.com 
A água está sempre alternando em tons verdes e azuis. 
Em quase toda a extensão da faixa de areia existe grama, árvores e uma bela sequência de coqueiros - estes são alguns detalhes que compõem a paisagem de Barra de Cunhaú, no litoral sul do Rio Grande do Norte. 
Mas, o que a praia tem a ver com a nossa dica da semana? Simplesmente, tudo! Foram as ricas belezas naturais da localidade que inspiraram Cícero Nunes, barman do Hotel Escola Barreira Roxa, a criar uma bebida cujo nome não poderia ser outro: Cunhaú Uma outra razão para a inspiração do barman vem do ano de 1645. 
Em Cunhaú existia um engenho, actualmente museu, onde eram produzidos vários derivados da cana-de-açúcar - rapadura, melaço e abram alas...a brasileiríssima cachaça, ingrediente principal neste coquetel - no entanto, qual o porquê da escolha deste aguardente? Por que não a vodka para compor o refrescante e saboroso drinque? Vamos responder, então, com outra pergunta: existiria ingrediente mais regional do que a popular e tradicional "pinga"? 

Curiosidades: Cabe a Martim Afonso de Souza o mérito de ter trazido para a "terra brasilis" as primeiras mudas de cana-de-açúcar. 
No entanto, antes de se tornar orgulho e paixão nacional, a desejada "caninha" adquiriu no decorrer da história diferentes significados. 
Em pouco tempo, o destilado foi ganhando mais e mais espaço no Brasil colonial. 
Tanto espaço que servia como moeda, remédio, além de amenizar a saudade que os escravos negros sentiam da Mãe África. 
O tempo passou. 
A cachaça conseguiu ultrapassar os limites das senzalas, dos casarões dos senhores de engenho e estabelecer-se como sucesso e, por que não dizer, um "orgulho" bem brasileiro. 
Como sugestão, feche os olhos, sinta a brisa da orla de Cunhaú através da refrescante hortelã, bem presente neste coquetel e que traz como destaque um ingrediente que frequenta ao mesmo tempo os simples "botequinhos" de esquina, como também sofisticadas mesas de requintados restaurantes.
Um brinde!

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Autora Felícia
Sampaio

Editora culinária do Gastronomias (Roteiro Gastronómico de Portugal) desde 1997. Sou apaixonada por gastronomia e quero transmitir-lhe essa paixão nas minhas receitas tradicionais, comida de conforto e sobremesas soberbas.

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