Aguardentes
Bagaceiras
As
aguardentes bagaceiras obtêm-se pela destilação do bagaço
ou engaço da uva. Em Portugal esta
aguardente é mais conhecida pela designação de "bagaço",
com predominância nos meios rurais.
Apesar de existirem excelentes marcas comercializadas em Portugal,
nas zonas rurais encontra-se
com regularidade a Aguardente Bagaceira feita pelos pequenos
produtores de vinho.
Segundo os entendidos nesta matéria, a melhor aguardente bagaceira
é aquela que deriva do bagaço do vinho verde, produzida no
norte do país e destilada a fogo directo.
Na área das bagaceiras temos uma outra marca, Macieira Centenário,
produzida na região de Lamego com engaços de espumante Raposeira.
A firma que comercializa dá-lhe o nome de "Marc Português".
As bagaceiras apresentam-se incolores ou castanho-palha, quando
envelhecidas em cascos.
A sua graduação alcoólica é de 36º a 52º.
Em França são conhecidas por Marc ou ainda por "Eau-de-Vie
de Marc".
Em Itália dão-lhe o nome de Grappa. Esta bagaceira tem a particularidade
de ser aromatizada
por uma erva chamada Arruda.
Grappa é também a designação dada, na Califórnia, ao mesmo
tipo de aguardente.
Nas bagaceiras de qualidade devem ser utilizados 47% de peles
da uva, 28% de astes/caules e 18 a 30% de grainha. O segredo
da qualidade da bagaceira está no manejo das proporções. O
bagaço/engaço depois de separado do mosto não deve estar mais
de 24 h sem ser utilizado. Não deve ser destilado a mais de
10 km do local onde se produziu o vinho, pois a permanência
do bagaço nos silos pode produzir outros componentes indesejáveis,
como o metanol e o butanol.
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