Páscoa -
Festa
comemorativa da Ressurreição de Jesus Cristo, a Páscoa está associada a
práticas alimentares em que os ovos, os folares, as amêndoas e os
cordeiros ocupam o primeiro lugar.
O
"Folar" tem particular relevância, havendo diferentes espécies - tão
diferentes que o folar transmontano, por exemplo, só tem com o da
Estremadura dois pontos em comum: o nome e a referência à Páscoa.
Acrescente-se, contudo, que a tradição do folar, qualquer que ele seja,
assenta num ritual de dádiva, solidariedade e convívio profundamente
enraizado na sociedade portuguesa.
O
folar mais corrente em Portugal é um "bolo de massa seca, doce, e
ligada, feito com farinha de trigo, ovos, leite, azeite, banha ou
pingue, açúcar e fermento, e condimentado com canela e erva-doce - uma
espécie de fogaça - encimado, conforme o seu tamanho, por um ou vários
ovos cozidos inteiros e em certos lugares tingidos, meio incrustados e
visíveis sob as tiras de massa que os recobrem".
A Páscoa (do
hebraico Pessach, significando passagem através do grego Πάσχα) é um
evento religioso cristão, normalmente considerado pelas igrejas ligadas
a esta corrente religiosa como a maior e a mais importante festa da
Cristandade. Na Páscoa os cristãos celebram a Ressurreição de Jesus
Cristo depois da sua morte por crucificação (ver Sexta-Feira Santa) que
teria ocorrido nesta época do ano em 30 ou 33 da Era Comum. O termo
pode referir-se também ao período do ano canónico que dura cerca de
dois meses, desde o domingo de Páscoa até ao Pentecostes.
Os eventos da Páscoa teriam ocorrido durante o Pessach, data em que os
judeus comemoram a libertação e fuga de seu povo escravizado no Egipto.
A palavra Páscoa advém, exactamente do nome em hebraico da festa
judaica à qual a Páscoa cristã está intimamente ligada, não só pelo
sentido simbólico de “passagem”, comum às celebrações pagãs (passagem
do Inverno para a primavera) e judaicas (da escravatura no Egipto para
a liberdade na Terra prometida), mas também pela posição da Páscoa no
calendário, segundo os cálculos que se indicam a seguir.
A última ceia partilhada por Jesus Cristo e seus pelos discípulos é
narrada nos Evangelhos e é considerada, geralmente, um “sêder do
pesach” – a refeição ritual que acompanha a festividade judaica, se nos
ativermos à cronologia proposta pelos Evangelhos sinópticos. O
Evangelho de João propõe uma cronologia distinta, ao situar a morte de
Cristo por altura da hecatombe dos cordeiros do Pesach. Assim, a última
ceia teria ocorrido um pouco antes desta mesma festividade.
Os termos "Easter" (Ishtar) e "Ostern" (em inglês e alemão,
respectivamente) parecem não ter qualquer relação etimológica com o
Pesach (Páscoa). As hipóteses mais aceitas relacionam os termos com
Eostremonat, nome de um antigo mês germânico, ou de Eostre, uma deusa
germânica relacionada com a primavera que era homenageada todos os
anos, no mês de Eostremonat, de acordo com o Venerável Beda,
historiador inglês do século VII.
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