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Enchido fumado, constituído por carne e gordura rija, frescas, de porco da Raça Alentejana, cortadas em pedaços superiores a 2 cm, adicionadas de sal, alhos secos pisados, pimentão doce e pimentão da horta em massa. O invólucro é a tripa natural seca de porco. É um enchido com forma cilíndrica, atado por fio de algodão nas duas extremidades e apertado por atadura ou dupla atadura, com comprimento máximo de 30 cm. Aspecto avermelhado-negro, brilhante, consistência semi-rija, invólucro sem roturas bem aderente à massa. Diâmetro entre 25 e 40 mm. Ao corte oblíquo apresenta massa perfeitamente ligada, ligeiramente marmoreada. O sabor é agradável, suave ou delicado, pouco salgado e por vezes de travo ligeiramente picante. Aroma agradável, levemente fumado e sui generis. A gordura é brilhante, aromática e de sabor agradável.
Já em 1750, numa memória paroquial, estes produtos eram referidos.
O uso da Indicação Geográfica obriga a que o Painho seja obtido de acordo com as regras constantes do Caderno de Especificações, o qual inclui designadamente as condições de criação do porco da Raça Alentejana em regime extensivo ou semi-extensivo, as suas condições de abate e desmancha, bem como as regras de transformação, marcação e acondicionamento.
O Painho de Portalegre deve apresentar-se pré-embalado de origem, inteiro, devendo a rotulagem, para além de cumprir a legislação em vigor, mencionar obrigatoriamente a Indicação Geográfica. Deve ainda ostentar a Marca de Certificação, aposta pela respectiva entidade certificadora.
A área geográfica de transformação está limitada a todos os Concelhos do Distrito de Portalegre.
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